[Apresentação] Dafne Editora - Livros de Arquitectura

Dafne Editora
Livros de arquitectura

É com muito orgulho que vos venho apresentar a Dafne Editora - Livros de Arquitectura.

Já tive o prazer de ter alguns exemplares na mão e sem dúvida que são excelentes para os estudantes e todas as pessoas que tenham alguma ligação com a área de arquitectura.

Dafne é uma editora de vão de escada, como alguém disse dos arquitectos do Porto. Vai ensaiar a publicação de livros de arquitectura, agora que já são mais de mil os potenciais leitores interessados nesta temática sob a forma de escrita reflexiva.

Adorei ler esta entrevista feita à Dafne Editora.

Da entrevista destaco:

Com aparição pública datada de 2004, a Dafne Editora é o exemplo de como a opção por uma área de especialização – a arquitectura – pode funcionar como imagem de marca e alavanca de um projecto editorial exigente e em desenvolvimento sustentável. De facto, sem nunca abandonar a sua área de referência (o site apresenta, por baixo do nome da editora, a indicação «Livros de Arquitectura»), a Dafne vem constituindo um catálogo relevante, sabendo alargá-lo para áreas limítrofes – o urbanismo, o design, a museologia, a estética – sem nunca perder o pé ou se lançar em expansões suicidas, num momento em que o mercado se alimenta de produtos «hiper-rotativos» e, por isso, de uma desoladora banalidade. Resistindo às solicitações do fácil e do estridente, a Dafne pratica ainda uma linha gráfica cuja sobriedade, na qual se pode talvez ler o legado da «Escola do Porto», tem um valor que no contexto actual é não só pedagógico como, convenhamos, terapêutico.

Podem ler a entrevista completa aqui.

Sobre a Dafne Editora.
Livrarias onde encontrar os livros da Dafne Editora.
Comprar Online.

Rua do Breiner, 201
4050–126 Porto
tel/fax +351 22 200 55 79
dafne@dafne.pt

Algumas obras da Editora


Projectos Específicos para um Cliente Genérico
Pedro Bandeira

Dimensões: 160p., 15,0x22,5
Edição: Dafne Editora, Porto
Data: Outubro de 2006
DL: 248005/06
Design: Susana Lourenço Marques

 Projectos Específicos para um Cliente Genérico são isso mesmo. Imagens de ideias e propostas de transformação desenhadas especificamente para usar por quem quiser, pondo em evidência o carácter político da produção arquitectónica, seja pela vertente da responsabilidade social (para lá da disciplina), seja pela vertente do poder mediático das imagens (como produção cultural), seja finalmente pelas estratégias do investimento e da aplicação do capital (como construção). Consubstanciados em imagens que são construções, operam ao nível da imaginação apresentando soluções a uma primeira vista desconexas, porque ilógicas ou inúteis. Talvez demonstrem que o discurso disciplinar da arquitectura é mais amplo do que nos querem fazer parecer e que não pode ficar fechado sobre si próprio, sob pena de perder a percepção do mundo.

Prefácios de Paulo Varela Gomes & André Tavares.
Ver o interior do livro aqui.

José Neves
O Lugar dos Ricos e dos Pobres no Cinema e na Arquitectura em Portugal

Dimensões: 408p., 15x22,5
Edição: Dafne Editora, Porto
Data: Outubro de 2014
DL: 381867/14
Design: João Guedes / Dobra

Desde sempre no cinema, como no mundo – nos quartos, nas
casas e nas cidades –, os ricos e os pobres tiveram os seus lugares, mais ou menos nítidos: da fábrica de onde saem os operários dos irmãos Lumiére a Xanadu de Citizen Kane, dos “lugares de miséria atrás de magníficos edifícios” dos olvidados de Buñuel à Paris dos seus burgueses discretamente encantadores, da vila dos pescadores de La Terra Trema às villas das condessas, reis e príncipes de Visconti, dos albergues dos pobres de Preston Sturges aos hoteis de luxo de Lubitsch, dos borgate dos sub-proletários de Pasolini aos subúrbios das famílias remediadas de Ozu, das ruas da vergonha de Mizoguchi aos becos e ruelas do Anjo Azul, da casa da mãe siciliana de Huillet e Straub à Versalhes do Rei Sol de Rosselini, das roulottes dos lusty men de Nicholas Ray à Fat City de John Huston, do quarto alugado da rapariga da mala de Zurlini ao palácio dos seus amantes, os lugares dos criados e dos senhores de Jean Renoir, todos os lugares de Chaplin...

Qual tem sido, em Portugal, o lugar dos ricos e dos pobres no Cinema? Qual vai sendo o lugar dos ricos e dos pobres na Arquitectura? Como é que o Cinema pensa e olha essa Arquitectura? Pode a Arquitectura pensar e construir-se também a partir desse Cinema? Foram estas questões que levaram à realização de um ciclo de doze filmes promovido pelo Núcleo de Cinema da Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa com a coordenação de José Neves.

À sua projecção, que aconteceu durante seis meses na Cinemateca Portuguesa, entre Outubro de 2007 e Março de 2008, seguiu-se uma conversa, na maior parte dos casos entre o realizador do filme e um arquitecto convidado. Os 12 fascículos desta colecção transcrevem essas conversas. Em Maio de 2014 será publicado o livro O Lugar dos Ricos e dos Pobres no Cinema e na Arquitectura em Portugal, que reúne os 12 fascículos sob forma impressa em formato livro.


Pedro Gadanho
Arquitectura em Público
15 anos de expansão mediática nas páginas de um jornal português

Dimensões: 324p., 15,0x22,5
Edição: Dafne Editora, Porto
Data: Fevereiro de 2011
DL: 322893/11
ISBN: 978-989-8217-11-0
Design: João Faria, João Guedes / DROP

No momento em que se publica este livro, o panorama mediático português é abalado por alguns dos acontecimentos mais dramáticos da sua existência pós-ditadura. Entre a sua fragilidade e a pressão esmagadora da realidade económica, a crise generalizada das publicações em papel e a entrega estapafúrdia a práticas populistas, o cenário mediático português atingiu um ponto irreversível.
Perante este estado das coisas, é pertinente perguntar porque é que se escreve um livro sobre a difusão de massas de uma produção cultural tão específica como a arquitectura. A resposta é que a aparição meteórica da arquitectura no contexto mediático generalista português foi, ela própria, um sinal da volatilidade e do funcionamento dos nossos media de massa. 
A afirmação da arquitectura portuguesa através da mediatização revelou-se uma boa metáfora para explicar como os media de massa acolhem, digerem, ampliam, apropriam e finalmente deitam fora qualquer assunto que sirva para captar a atenção e o share. Diz-se aqui como o campo arquitectónico adquiriu pujança, como se reflectiu e como acabou por ser escrutinado na esfera pública. Mas podia falar-se de arte, culinária, futebol ou qualquer outra coisa. 
Nas entrelinhas desta expansão mediática ficou também uma história parcial e uma crítica cultural da arquitectura portuguesa entre 1990 e 2005. Nas estórias picantes que aqui se revisitam, esses 15 anos foram o período áureo em que, mais que qualquer meio especializado, o jornal Público deu as boas vindas a uma prática que – pelo menos do ponto de vista mediático – se tornaria numa das grandes exportações da cultura portuguesa contemporânea.

Prefácio de Nuno Portas e posfácio de Pedro Barreto
Ver o interior do livro aqui.

Trás-os-Montes
Pedro Costa, Ví­tor Gonçalves e António Belém Lima

Dimensões: 15,0x22,5 cm, 26p.
Edição: Dafne Editora
Data: Maio de 2014
Preço: Gratuito
Design: João Guedes / Dobra
António Belém Lima Creio que este filme é um filme nostálgico, o que é perigoso, ou pelo menos problemático, quando precisamos de ser fortes e de perceber a actualidade, que é complexa. Mas isso não tem a ver com o facto, como o filme magistralmente mostra, de cada um ter um início e de o início se constituir de todas as experiências, desde aquelas brincadeiras no rio a partir o gelo… É assim que se constrói a nossa atitude de relação com as coisas. É evidente, o miúdo de Tras‑os‑Montes tem um ambiente, o de Lisboa tem outro, mas há muita coisa de fundacional, e de fundamental, que é semelhante e, diria, anterior a nós. Isto não significa que a arquitectura que vamos fazer hoje tenha de carregar mimeticamente estas experiências, mas também já vimos como o filão do positivismo se esgotou…


João Bénard da Costa …Estou de acordo consigo, não vejo tristeza. Nostalgia sim, a nostalgia dos realizadores. Aí, sim, acho‑o muito nostálgico, no sentido de uma coisa que está a desaparecer e que se vai perder, vai perder‑se aquilo que ainda está ali e que eles foram os últimos a filmar. Hoje já não é possível fazer este filme. Só era possível fazer o filme com outra gente, noutro sítio: uma história escrita. Não era possível ir aos sítios e filmar com as pessoas.
Download PDF livro aqui.

Hans Belting
A verdadeira imagem
Entre a fé e a suspeita das imagens: cenários históricos

Dimensões: 312p., 15,0x22,5
Edição: Dafne Editora, Porto
Data: Julho de 2011
DL: 324559/11
ISBN: 978-989-8217-13-4
Preço: trinta e dois
Design: Studio Andrew Howard

«Nas fontes relativas à controvérsia sobre as imagens, habitualmente, onde se fica a saber grande coisa sobre a figuratividade, mas bastante mais sobre as relações de poder no espaço público. As imagens eram, uma e outra vez, apresentadas em lugares públicos para atrair sobre elas a prática que rotulamos de culto. A destruição da imagem é tão-só a outra faceta do culto da imagem, é o culto da imagem sob o signo contrário ou a violência contra as imagens em nome das quais se sofreu violência. As imagens consolidavam-se nas acções simbólicas nelas realizadas, e fracassavam, se elas lhes fossem recusadas. Tornavam-se assim heróis, mártires ou inimigos, decerto em vez de homens que estavam por detrás delas, e que directamente se não podiam atacar. Já a sua produção era uma acção simbólica e encorajava os observadores, diante delas e em público, a demonstrar a sua fé ou a recusar a sua lealdade – o que, por seu turno, equivalia a uma acção simbólica. As imagens surgiram, pois, como uma ocasião ou como uma desafio calculado da sociedade a exercer diante delas actos públicos deste jaez, os quais, de outro modo, não teriam nenhum endereço ou oportunidade.» (H.B.)

No quadro da sua antropologia da imagem, onde se constituem como parâmetros essenciais a imagem, o corpo e o suporte das imagens, Hans Belting confronta fontes relevantes com breves episódios históricos e imagens como a Santa Face de Cristo, a Verónica ou o retrato de Lutero. Assim se exploram, com grande minúcia teórica, as férteis consequências heurísticas desse choque, com consequências relevantes para a nossa contemporaneidade.

Tradução de Artur Morão.
Ver o interior do livro aqui.

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