Opinião: Somos Todos Idiotas | Diogo Faro

40 crónicas sarcásticas que tratam a sociedade portuguesa ao pontapé, sem direito a caixa de comentários
SINOPSE: SOMOS TODOS IDIOTAS? Esta é a pergunta a que o humorista Diogo Faro responde neste livro sarcástico e contundente em que disseca a sociedade portuguesa. E nenhuma tribo fica de fora. Somos Todos Idiotas é uma obra transversal que viaja pelo mundo dos betos, dos hipsters, dos taxistas, dos viciados nos ginásios e nas redes sociais, dos que vivem de chavões e de frases feitas, dos engatatões dos tempos modernos, dos que buzinam por tudo e por mais alguma coisa, dos aficionados das touradas, das criancinhas que são educadas para serem futuros déspotas, das mães defensoras da amamentação como espectáculo ao qual toda a gente não só quer assistir como devia pagar bilhete ou daqueles que espremem borbulhas em público, num cenário que provoca vergonha alheia, mas afinal isso é que é arte, provocar emoções nos outros! Mas será que não somos todos idiotas? Somos todos, acima de tudo, hipócritas. Desde o próprio autor, que criticou ao longo deste livro tantas coisas nas quais acaba por se rever, até nós, que nos rimos em clara concordância, mas que - secretamente - também fazemos tudo, ou quase, o que juntos criticámos. NO FUNDO, SOMOS TODOS IDIOTAS. MAS UNS MAIS DO QUE OUTROS.

Muito divertido, o que eu me ri!

Adoro crónicas e ainda mais retratações do povo português, porque apesar de eu amar a minha pátria e os portugueses serem para mim o melhor povo do mundo, temos alguns defeitos bem acentuados, e até hilariantes.

É engraçado lermos o autor fazer uma crónica sobre assuntos que também a nós nos incomoda, ou chama a atenção e também temos as nossas próprias crónicas a esse respeito. Também adorei a liberdade linguística, bem ao estilo tuga.
[...]... nunca confiem em quem usa demasiados diminutivos...[...] Pág. 37
Eu sempre o disse! Afinal não sou só eu! E quem está sempre demasiado bem disposto, todos os santos dias, de manhã à noite? Também desconfio...


Ah, e Diogo? Eu sou das que dizem, "Agente? Agente é da polícia", porque ODEIO quando dizem "a gente", pode estar correto, mas detesto. Prefiro pronomes.
[...]...Claro que antes de estar a lavar os dentes com a minha língua à miúda mais gira do 9B, havia um longo caminho a percorrer. Não era como agora, que os meninos já têm a papinha toda feita.[...] Pág. 57
Resumindo, é um livro muito bem humorado, cheio de verdades nuas, cruas, honestas e verdadeiras, com um toque masculino típico português.

A única coisa que me "incomodou" um bocadinho algumas vezes durante a leitura foi o tom machista algo acentuado em certas crónicas, mas foi simplesmente o autor a ser quem é e tem a sua piada quando nos habituamos.

Excelente para ler agora na praia, piscina ou em viagem, partilhado a leitura com os restantes membros no carro, gargalhadas em grupo e até criar uma cómica discussão da crónicas em questão.

👉🏻 Wook | Bertrand 👈🏻

Comentários

  1. Este livro, já está na minha estante à espera de ser lido. :)
    Manuela Colaço

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  2. Deve ser uma leitura bem divertida. É verdade que há "tiques" que nós todos reconhecemos nos portugueses. Mas também há comportamentos que são comuns a muitas pessoas por esse mundo fora.

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    1. Sim, sem dúvida, mas aqui o autor focou-se tremendamente nos "tiques" tugas! =P

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