Estação de Santa Apolónia e o Aeroporto de Lisboa | Andar de avião pela primeira vez e outras dicas!

Aqui contei-vos como decidi embarcar nesta aventura de visitar quatro países em 6 dias, e agora venho partilhar convosco o caminho que fiz, pela primeira vez na vida, de transportes até ao aeroporto de Lisboa, para dar oportunidade aqueles que nunca o fizeram, como eu naquele dia, terem vários pontos de referência.

Espero conseguir ensinar e/ou ajudar alguém com estas e as seguintes publicações sobre estas minhas viagens. Esta publicação tanto serve como para quem vai, como para quem vem! ;)

Neste post dou o exemplo de como chegar ao aeroporto de Lisboa indo da estação de Santa Apolónia, pois foi o percurso que eu fiz.

Comecei por me levantar bem cedo, tendo já tudo preparado e arrumado na noite anterior, e às 6h da manhã meti-me a caminho. Apanhei o autocarro da Carris 735 de casa da minha avó até Santa Apolónia....

↪ Esta publicação está elaborada de forma a que: primeiro mostro a foto, e imediatamente abaixo faço os meus comentários, apresentações ou elaboro algum texto relacionado com a foto. A forma de ler esta publicação (e todas as minhas outras do blog) é: Foto - Texto - Foto - Texto, ... Podem clicar em cima das fotos para as verem maiores, com mais detalhe ↩
.... e vi o dia a nascer...
 As maravilhosas luzes de Lisboa... Santa Apolónia...
 Que coincidência :P
 Eu enganei-me e fui pelo lado errado a pensar que o metro era lá ao fundo ao pé dos comboios, depois tive de passar por um túnel e acabei no lado oposto e meti-me finalmente no sentido certo, a seguir o sinal vermelho do metro. Comecei a ficar nervosa, foi o meu primeiro engano (vai haver mais!) e custou-me tempo, não muito, mas eu não queria perder nem um segundo...
Estava sempre a ver o tempo a passar, ansiosa por chegar ao aeroporto. O meu medo constante era fazer tudo mal e perder o avião, junto com o medo de andar de avião, junto com a ansiedade de ir viajar para o meu país de sonho, Roma! Fora os outros países em tão poucos dias, um misto incrível de emoções...
A estação de Santa Apolónia têm estes cacifos para guardar bagagem, não tive tempo de explorar, mas quando tiver partilho o modo de funcionamento deles convosco, caso precisem (ou eu!) de os usar.
 Estação de metro de Santa Apolónia.
 Não se via vivalma...
 Tanto para quem já conhece Lisboa como para quem não conhece, há em todo o lado no metro estes mapas para nos orientarmos. Quem pensa que este mapa é confuso, esperem só para verem o de Londres! Portanto, eu estava em Santa Apolónia - linha azul, e queria ir para o aeroporto de Lisboa - linha vermelha. O mais directo foi ir na linha azul de Santa Apolónia até S. Sebastião, e em S. Sebastião trocar para a linha vermelha, directa para o aeroporto.
 Já se começava a ver os madrugadores...
Como eu estava cheia de pressa e de receios, não consegui tirar muitas fotos para explicar tudo passo-a-passo, até por que eu estava ao mesmo tempo a aprender e tinha de me orientar e desenrascar, mas basta estarem atentos e conseguem orientar-se na boa, basta seguirem os sinas! Sai na paragem e S. Sebastião, e segui as setas que indicavam linha vermelha. Neste caso têm o exemplo do caminho oposto, o que indica a linha azul, mas serve para o mesmo efeito, basta seguirem as setas.
 No quadro electrónico informativo, conseguem ver se estão na linha certa, porque diz a paragem terminal, diz que horas são, e ainda diz quanto tempo falta para o metro chegar, ou neste caso, por ser uma linha terminal, para arrancar.
 Sim, caros leitores, foi com ela mala, assim como está, foi isto que levei com o essencial e necessário para esta viagem, aliás, viagens, todas, e não me faltou nada! Roupa, medicamentos, dois pequenos livros, mudas, artigos de higiene, carteira, bilhetes, mapas, ...
Dentro do metro, no quadro electrónico, diz sempre a próxima paragem, além da voz da mulher que também informa, apesar de nem sempre a voz estar a funcionar ou se conseguir perceber.
 E assim cheguei à estação do metro do aeroporto, que têm gravuras giríssimas nas paredes! Como podem ver na foto acima, por cima há SEMPRE indicações para ir para todos os lados. Eu limitei-me a seguir, sem parar, os sinais indicadores que diziam "aeroporto", com a imagem de um avião e cheguei lá direitinha...
 Esta parte foi muito fixe, porque já tinha visto fotos e  imagens semelhantes a esta na net da estação do metro do aeroporto, mas nunca cá tinha estado, então esta foi minha primeira experiência-sensação: "Estou a ver o que já vi na tv! Estou mesmo aqui!"
 A seguir sempre o painel "aeroporto".... Sempre com o cartão Viva Viagem à mão!
 Eu já tinha comprado o cartão Viva Viagem, na modalidade zapping em Sete Rios, mas para quem faz a viagem no sentido oposto, à entrada do metro há muitas máquinas para comprarem os cartões. 
O cartão é muito prático e é a forma mais económica de andar de transportes em Lisboa, carrega-se conforme se precisa, com um mínimo de 3€ e as viagens saem mais baratas do que comprar individualmente, o cartão tem um custo de 0,50€ e tem a validade de um ano.
 Nesta estação há informações e indicações em todo o lado.
 Algumas das fotos vão sair desfocadas, pois tirei-as em andamento, na minha pressa de chegar...
 Sobe-se imensas escadas rolantes....
 E não é que o metro sai mesmo, literalmente, à porta do aeroporto? 
 Mal saímos da estação do metro estamos lá, acreditem, nas minhas costas está a saída do metro ai a uns dez passos....
 Aqui comecei a ficar nervosa, já tinha estado dentro do aeroporto duas vezes, quando vim com uns amigos acompanhar o filho para a viagem dele, mas sozinha e sendo a viagem a minha (!) e vir sem ser de carro, era a primeira vez. Tive de perguntar qual era a porta para ir para o terminal dois.

Entrei desnecessariamente, (o meu segundo erro que custo tempo), pela porta do terminal um, e depois tive de andar tudo para trás, quando podia ter entrado por aquela porta lateral que podem ver lá ao fundo à esquerda, ainda por cima era a que ficava mesmo em frente à saída do metro. E depois disso ainda tive de subir aquelas escadas rolantes que podem ver ao centro da foto acima...
 Depois de subir as escadas rolantes, vim aqui parar, ali estava a indicação e setas para o terminal dois, já estava novamente bem encaminhada.
 Ah pois, o aeroporto de Lisboa está dividido em dois edifícios, o terminal um, onde sai as viagens correntes, e o terminal dois, onde saem as viagens low cost. E para irmos de um terminal ao outro, porque não, não dá para ir a pé, primeiro porque é proibido, e depois porque ainda é um esticão, temos de apanhar um mini-transfer, de nome "shuttle".

Mal saem por aquela saída que diz "terminal dois", que podem ver na foto anterior, logo à frente encontram esta paragem, não se preocupem, que dão logo imediatamente por ela!
 O dia já tinha acabado de nascer. Apesar de as portas de embarque fecharem só às 8:50, depois de ler em todo o lado que deveríamos de estar no aeroporto com duas horas de antecedência, para evitar perder o avião, comecei a planear tudo para lá chegar pelo menos com hora e meia de antecedência. E para isso, contando que tinha de apanhar transportes e transfers para chegar aos aeroportos, eu começava as viagens pelo menos com duas horas e meia de antecedência, para me desenrascar em caso de imprevistos. E só não ia ainda mais cedo porque comprei os fast track, para evitar de ir com demasiada antecedência, e assim poder dormir uma horita extra e não me arriscar depois ficar um par de horas à seca no aeroporto...

 Por esta altura, passei de estar com quase nenhuma pessoa na rua para imensas pessoas em TODO O LADO, tantas pessoas que...
... eu nem tive lugar para me sentar! O shuttle ia à pinha, não só aquela hora do dia, como especialmente aquela hora do dia! Tinha esperanças de que as filas para os aeroportos fossem curtas, especialmente para aqueles voos que eu ia apanhar às cinco e seis da manhã, mas não! Há sempre IMENSAS pessoas como nós, a viajar o máximo low cost possível, e seja a que horas for, há sempre pessoal para embarcar e fazer filas. Comecei a dar graças por ter comprado os fast track...

Eu não sabia o que era: o fast track e os transfers, quando comprei os bilhetes de avião, era a primeira vez que eu ia andar de avião e que os comprava.
  • fast track é um extra no bilhete de avião que se compra para, quando chegamos às filas para passar pelo controlo de segurança no aeroporto, termos prioridade e não perdermos imenso tempo à espera da nossa vez!

Há sempre duas linhas antes de entrar no controlo de segurança, e elas estão assinalados. De um lado para as pessoas com bilhetes com fast track, e do outro lado as que têm apenas o bilhete normal.
Neste caso, lado esqerdo fast track, lado direito bilhetes normais.

Nesta fase, têm de ter à mão:
- Bilhete de avião
- Bilhete de identidade/Cartão de Cidadão/Passaporte

Quase todos os bilhetes que eu tinha eram fast track, mas só adquiri o fast track depois de comprar os bilhetes, o que acabou por sair uns trocos mais caro, porque como referi antes, esta iria ser uma viagem mega low cost, ia comprar tudo o mais simples possível, ia só com uma mochila pequena, não queria extras nenhuns. Mas depois comecei a ler em vários blogs e sites de viagem que passar na segurança do aeroporto pode ser muito moroso e que fast track é uma mais valia e então depois fiz a correcção nos bilhetes para adicionar o fast track e não tenham dúvidas, vale BEM a pena!

Lembrem-se, a não ser em casos específicos em que a economia (de tempo e dinheiro!) o justifique, vale quase sempre a pena comprarem logo, junto com os bilhetes de avião: o fast track e os bilhetes dos transfers!
  • Os transferes são os autocarros que fazem o percurso aeroporto - centro da cidade - centro da cidade - aeroporto.
Ao comprarmos os bilhetes para os transfers, aparece a opção para escolhermos o dia e hora, se o bilhete não for daqueles que dá para o dia inteiro e tem mesmo hora marcada, por isso comprem sempre a opção da hora mais cedo e não mais tarde!, se levarem um bilhete já com a hora caducada, podem recusar-vos o embarque! Eu apanhei todos os transfers uma hora, num caso até duas horas mais cedo e nesse caso NUNCA houve problemas, embarquei sempre.

Depois têm de escolher a rua para onde pretendem sair, se houver essa opção, se não é seleccionar o que vai directo para o centro da cidade. Em Londres, por exemplo, sai na rua onde ficava a minha pousada em vez de ir até ao centro.

Eu fui com o itinerário preparado para fazer assim:
Mapa da rua onde iria sair do transfer à chegada e dai até à pousada, directamente, pois antes de mais iria pousar o excesso da minha mala para poder passear sem peso às costas.
E o mapa da pousada até à paragem do transfer, e a primeira coisa que eu fazia depois de deixar o excesso de coisas na pousada, era ir imediatamente até à rua onde teria de apanhar o transfer de volta para o aeroporto e perguntar por lá se efectivamente era ali que o apanhava.
Podem pensar que bastava voltar à rua onde eu tinha saído quando cheguei, mas NÃO! Nestes países a que fui, pelos motivos que foram, nunca apanhei transfers no mesmo local da chegada, chegava numa rua e partir por outra. Como a maior parte dos voos que apanhei eram de madrugada, não queria andar a stressar-me às 3h da manhã à procura da paragem onde iria apanhar o autocarro para o aeroporto, sem ninguém na rua aquela hora a quem pedir indicações!

Outra coisa que fiz foi arranjar alojamento SEMPRE ao pé das ruas onde iria chegar e partir, de modo a que não houvesse uma distância superior a 15 minutos a pé para chegar à pousada e para apanhar os transfers... Já bastava andar tanto de transportes, como ainda depender de mais para lá chegar, correndo o risco de atrasos ou enganos para apanhar o transfer, nem pensar, preferia ir até à paragem dele a pé da pousada.

E além de ter de ser perto da pousada, tinha de ser de preferência em ruas descobertas e bem iluminadas, porque bem... fui sozinha com uma mochila pequena às costas, e iria andar em ruas no estrangeiro de madrugada, cheia de sono e cansada para apanhar os transfers.

Voltando ao aeroporto, neste caso ao controlo de segurança, depois de ver isto em tantos filmes foi o meu segundo momento de "OMG, estou mesmo aqui! Igualzinho, como nos filmes!" E tal como nos filmes, eu só pensava em que ia passar pelos detectores de metal e que ia apitar, que me iam pedir para despejar o conteúdo da mala (que me custou tanto a arrumar de forma a caber tudo!), que ia demorar imenso tempo e ia perder o avião, ... eu sei lá...
 Mesmo com aquele matinal ajuntamento de pessoas todas no aeroporto, não há duvida que o fast track é fantástico. Não tive em nenhuma fila longa ou parada, nos cinco aeroportos onde estive, durante o acesso ao controlo de segurança com o fast track. Foi mostrar o bilhete e seguir em frente. Em nenhuma das vezes perdi mais do que cinco minutos no controlo de segurança, já a contar com o tempo de espera, largar as minhas coisas e passar pelo detector de metais.
 Comecei a ter também em atenção o sinalização para me orientar, ali em cima à direita conseguem ver o sinal "portas de embarque", comecei então a ter isso em atenção para ir nessa direcção.
 Comecei também logo a reparar no que os outros faziam, e a tentar perceber a mecânica da coisa...

Vi que o pessoal passava o código de barras dos bilhetes de avião naquela máquina, onde está o homem de t-shirt azul, e foi o que fiz quando lá cheguei...Apitou, deu positivo, dirigi-me até aos tapetes rolantes, pequei num tabuleiro grande, meti lá todas as minhas coisas e fui só com a roupa no corpo. Não levei cintos nem nada, só calças de ganga, ténis, e um top.
 Aquilo foi tão rápido que nem quis acreditar. Vá lá que me lembrei de beber o resto da água que tinha na garrafa antes de passar pelo controlo, assim pude seguir com ela vazia, coisa que me esqueci de fazer depois posteriormente noutros aeroportos, mas isso é outra história...

Comecei a seguir os sinais, sem saber o que me esperava a seguir. Vi que ainda eram umas 7:30, ainda tinha bastante tempo e já tinha passado pelo mais demorado! Agora era encontrar a porta de embarque e esperar. Já estava quase, quase!!
 Vão surgindo pelo caminho estes painéis com as indicações dos voos, a portas de embarque e horas de partida. Àquela hora ainda não havia indicações nenhumas para o meu voo... comecei a ficar nervosa novamente...
 Já estava farta de escadas rolantes, e ainda faltavam tantas, sabia lá eu!
 Fiquei de boca aberta quando vi que, para chegar à sala de espera, onde estavam as portas de embarque, tem de se passar, literalmente, pelo meio de uma Duty Free!! As Duty Free são lojas onde se vende de quase tudo, desde perfumes, a cremes, bebidas livros, recordações, roupa, cigarros, charutos, comida, bebida, eu sei lá... Mas não é aquelas lojas que, tal como acontece nas estações de serviço, se vende tudo mais caro, não, essas são as que estão mesmo nas salas de espera, como vão poder ver mais à frente, as Duty Free são lojas onde se vende de tudo, com redução ou isenção de impostos. Onde podemos comprar garrafas grandes de líquidos, que depois são seladas em sacos da Duty Free, para poderem ir no avião connosco, ao contrário do que acontece quando chegamos ao aeroporto.
Temos de passar, literalmente, lá pelo meio, para recebermos uma bofetada de consumismo em cheio na cara... Eu, que ia com os trocos bem contados, nem parei... Mas numa a que eu passei, já nem me lembro em que aeroporto, onde eu cheguei com umas duas horas de antecedência, acho que foi em Dublin, mas agora não me lembro, meti-me dar uma vista de olhos e fui ver se o meu perfume preferido Versage estava mais barato lá, mas não achei mais barato por ai além...

Mesmo livre de impostos, não vi nada que achasse que fosse uma pechincha, mas acredito que há quem encontre, até porque eu não vi com grande atenção porque não ia com dinheiro para gastar nestas coisas...
E depois chegamos finalmente à sala de espera e já se vêm as salas de embarque! Agora sim, estava perto, mas.... E agora?
Eu só via era sinais por todos os lados com infinitas indicações de portas de embarque, e qual era a minha?
Estas são as outras lojas, onde sim, se vende mais caro, então os restaurantes e cafés nem queiram saber, um exagero! 
Aqui comecei a sentir-me perdida e stressada...
E ainda por cima não aparecia indicação nenhuma sobre o meu voo, porque pelos vistos só avisam qual é a nossa porta de embarque entre 15 a 30 minutos antes de fecharem as portas! Então, como não vi funcionário do aeroporto em lado nenhum, fui ter com uns polícias da PSP que estavam numa ponta do aeroporto, e pedindo desculpas porque sei que eles não são o posto de informação, mas fazendo eles ali serviço, será que me sabiam indicar onde eu me poderia informar sobre onde era a minha parta de embarque?

Foram MEGA simpáticos, e por acaso um deles até sabia em que porta costuma sair o avião para Roma, e foi lá que depois esperei até aparecer efectivamente a informação no painel e estava certo!
Não sabia que ainda existiam estes telefones...
Como ainda tinha tempo, aproveitei logo para procurar a casa de banho, pois uma das coisas que me preocupei mais nesta viagem, para desfrutar ao máximo dos passeios, era estar confortável, tanto como saciada, como sem estar sempre aflita para ir à casa de banho, para "mudar a água às azeitonas", como dizem os homens...
A sinalização é boa e dei logo com ela.
São instalações limpas e decentes...
Asseadas e cheiram a detergente de limpeza, e ainda têm uns acessórios em metal para pendurar-mos as coisas, o que dá muito jeito.
Entretanto lá encontrei um funcionário do aeroporto junto à porta de embarque e questionei onde poderia carregar o telemóvel, que com as fotos todas que andava a tirar já estava a perder bateria, e não queria usar já o power bank, e ele indicou-me estes mini-postes entre os bancos na sala de espera.
O meu Skross querido, o maravilhoso adaptador de viagem, que me acompanhou e vai acompanhar nas viagens todas...
Depois, lá ouvi a mulher no altifalante a anunciar aos viajantes com destino a Roma qual a porta de embarque, embora vos diga que se ouve MUITO MAL, não se percebe quase NADA do que ela diz! O que vale é que no painel electrónico dizia qual a porta, procurei nas placas o número da porta e era a porta precisa que o polícia me tinha indicado!
Obrigada senhor agente!! :D
Mal vi isto tirei logo foto, para ter a informação comigo, pelo sim pelo não! Os nossos direitos em caso de voo cancelado ou com atraso considerável, podem consultar toda a informação aqui neste link.
Com o Bilhete de Identidade e o bilhete do avião na mão, meti-me na fila dos não prioritários, ou seja, os que não levam bagagem de mão extra.

O voo prioritário é isto:
Garante que a tua bagagem de cabina vai a bordo com o Prioritário e 2 Malas de Cabina
Só as primeiras 90 malas de rodas têm lugar garantido nos compartimentos superiores
Não fiques à espera no tapete de bagagens
Senta-te confortavelmente antes de todos embarcarem
Como eu levava apenas aquela mochila, não precisei de investir nisto, preferi investir no fast track, esse sim, é importante para não perdermos o avião! 
Este aqui, no meu caso, comprar seria apenas uma questão de comodismo, pelo facto de ser mais cómodo entrar logo no avião e me sentar, em vez de ficar entre 20 a 40 minuto de pé, à espera que todos os prioritários entrassem, e depois a minha fila é que avançava para o avião...

Nestas minhas viagens, as filas onde eu tive de esperar mais tempo, ali de pé, irrequieta foi mesmo nestas, para passar pela porta de embarque, apenas depois de os prioritários entrarem, e acreditem, às vezes era com cada fila de prioritários que a perdia de vista! E depois de todos eles entrarem, ainda faltava todos os que tivessem à minha frente nos não prioritários! Para a próxima ao comprar os bilhetes vejo se o prioritário ficar barato, escolho-o só para não ficar à espera tanto tempo de pé.
Aqui estou eu na fila, e as pessoas que vêm atrás de mim estão também na fila, até perderem de vista, sem contar com os que estavam à minha frente... Aqui estou a sorrir, mas estou uma pilha de nervos, e só consegui uma selfie decente quando meti no pensamento: "Estás a passar por isto para ir para Roma!!"
Quando a fila dos prioritários finalmente começou a diminuir...
Eu com a minha malinha, que os funcionários do aeroporto que andavam pelo meio das pessoas a ver a bagagem do pessoal e a meter fitas na mesma, para o caso de terem de ser enviadas para o porão nem me perguntavam nada... Ainda levava o meu saquinho da C&A com a merenda que a minha avó tinha preparado para o pequeno-almoço, que ainda não tinha comido, por causa dos nervos...
Finalmente, já avançava na fila o suficiente para ver a porta de embarque...
Depois vim aqui parar, novamente sem saber o que se iria seguir, sem saber para onde ia... Pensei que fosse como nos filmes, em que entrávamos num túnel e entrávamos directamente no avião, mas não... 
Estão a ver as filas? Nesta altura já estavam os prioritários sentados no avião...
Ali estava ele, o avião! E eu cada vez mais nervosa!
E aqui temos de andar até ao avião, pelo meio da pista... Talvez não pareça na selfie, mas apesar do entusiasmo eu estava sem pinga de sangue e nervosa como tudo, nota-se mais talvez nos lábios, mas isso não se comparava em nada como quando....
...comecei a subir as escadas e ver que aquilo era minúsculo lá dentro! Como quem leu a publicação anterior sobre esta viagem sabe, não só a viagem era uma aventura, aventura era também eu ter de lidar com a minha claustrofobia e vertigens para andar de avião pela primeira vez! E não só pela primeira vez, como cinco vezes (!) em sete dias!

A hospedeira pediu-me para entrar, e eu não entrei bem à primeira, comecei a hiperventilar só um bocadinho, e informei-a de que era a minha primeira viagem de avião, e que sofria de claustrofobia e vertigens... Agora vejam, entre tentar escapar à sensação claustrofóbica, o que me levou a comprar TODOS os meus bilhetes de avião junto à janela, ou estar junto à janela e sofrer de vertigens, não tinha muito por onde escolher... Escolhi o mal menor, ter de lidar com as vertigens junto à janela, porque me sentir presa no meio do avião é que não ia aguentar, tinha de estar ao pé de uma janela...

A hospedeira foi muito simpática, disse-me que se eu precisasse de algo era só pedir, indicou-me mais ou menos o lugar, porque entretanto estavam pessoas a tentar entrar durante a minha troca de palavras com ela e durante toda a viagem, sempre que ela passava por mim, perguntava-me se estava tudo bem com um sorriso. Muito simpática!
Comecei a ler estes avisos, que estão à nossa frente, nas costas de todas as cadeiras com MUITA atenção, pelo sim pelo não. Não é por nada, mas já tinha visto muitos filmes e notícias de viagens de avião que não tinham corrido muito bem...
Fiquei sempre ao pé da asa do avião, fosse sentada do lado direito do avião, quer do lado esquerdo, comprei sempre os bilhetes no meio, não só li que eram os locais mais seguros, como eu queria ter um ponto de referência para saber em que sentido o avião estava a ir, e em que grau e estávamos... Sim, pensei em tudo! Mas também li TANTA informação que nem imaginam...
Aqui sim, já se nota um bocado o meu pânico, no sorriso que tentei fazer e não correu muito bem... Acho que, se olharem com atenção, até conseguem ouvir as asneiras todas que estou a dizer em pensamento... 
Mantive-me lealmente encostada à janela, pelo menos até o avião ter levantado voo.... aí a história já foi diferente...
Podem ver aqui, onde se guardam as bagagens, que estão também os números das cadeiras e onde vemos onde são os nossos lugares. Eu perdi-me um bocado, porque não sabia onde procurar o número do meu lugar, mas lá me orientaram e vi, e até fazem sentido.
Temos o número e a letra, e a imagem do corredor, com a imagem da janela, ou seja, a janela é a letra A, o meio a B, e junto ao corredor o C.
Certifiquei-me de que o cinto estava bem apertado...
Meti-me a olhar para todos os lados para me tentar distrair, que a esta altura já eu estava numa pilha de nervos enormes... Tal como tive esperanças, felizmente aconteceu, ficando eu ao pé da janela a sensação claustrofóbica começou a aliviar... Ali está o sinal de "apertem os cintos"...
No início de todas as viagens, antes de levantarmos voo, as hospedeiras dão indicações de segurança e o que fazer em caso de emergência, algo que eu ouvi com muita atenção, pelo sim, pelo não. A hospedeira vai mostrando como se faz, enquanto as instruções são dadas pelo altifalante.

E depois é que veio a parte em que eu senti como se me fosse dar uma coisa muito má, chegou mesmo uma altura em que eu pensei que ia desta a melhor... Foi quando o avião levantou voo...
No início até foi giro, o avião anda sobre rodas pela pista, até chegar à pista de deslocamento, parece mesmo uma viagem de autocarro, até aqui tudo bem...

Mas depois, muito de repente levanta voo! Eu tinha um mentol na boca, para não me dar os tais apitos no ouvido, devido à pressão atmosférica... Mas não me valeu de nada contra a tão temida e certeira sensação de claustrofobia e vertigens simultânea!!!

Senti exactamente o que senti ao andar numa atracção na feira de Maio, depois de ser desafiada pelo meu amigo Miguel (outro post em atraso que depois partilho convosco), atracção essa em que nos sentamos num banco tipo meia redoma, que depois anda, a alta velocidade, para cima, para baixo, connosco de cabeça para cima, para baixo, para os lados, eu sei lá!

Odiei a sensação, tanto dessa atracão como a sensação que tive na primeira vez que senti o avião descolar! Senti que ia morrer! E o avião é tão barulhento!! E falo dentro do avião! Parece que tem correntes de ar em todo o lado, e ouve-se o sopro brutal do vento, é mesmo barulhento!

E depois, para me aliviar do enclausuramento, olhava para a janela e tinha vertigens tais que sentia novamente que me ia dar o treco!

Então, peguei num dos dois pequenos livros que levei, os mais leves que tinha em casa, que foram oferta aos clientes que faziam compras da Porto Editora na feira do livro de Lisboa, e meti-me a ler para me distrair daquilo tudo...

Volta e meia, até me esquecia onde estava, de tal maneira que me embrenhei na leitura, então olhava para a janela, e novamente vertigens!! E isto aconteceu mais umas cinco ou seis vezes, até que finalmente comecei a apreciar a viagem, a estabilidade do avião, e especialmente, as vistas lindas!
Nem queria acreditar que estava, literalmente, nas nuvens!

Depois na chegada, no pousar do avião voltei a ter algumas sensações incómodas, mas digo-vos... Não sei se foi por ter andado tanta vez de avião de seguida após a minha primeira viagem, ou do que foi, mas nas viagens posteriores já não me custou tanto, e a partir da terceira vez que apanhei o avião, já eu ia toda contente e entusiasmada e já não sentia absolutamente nada nas subidas e descidas do avião... fora o facto de eu ficar com os ouvidos entupidos uma vez ou outra, o que se curava facilmente ao bocejar, eu agora posso dizer que adoro andar de avião, passou a ser o meu meio de transporte preferido!

No entanto, após esta primeira viagem, sai do avião com uma dor nos maxilares e nos dedos que vocês não imaginam, porque apesar de me ter dado uns valentes trecos no deslocamento e aterragem, e sempre que olhava pela janela na primeira hora e meia, não soltei um som nem incomodei ninguém, apertei com toda a força com as mãos os pousos para os braços no banco, e cerrei o maxilar de uma forma que nem uma aragem de vento lá passava...

Dicas de viagem:

  • Comprar junto com o bilhete o fast-track e os bilhetes ida e volta dos transfers
  • Se tiverem de seleccionar hora na compra do bilhete do transfer, escolham sempre uma hora mais cedo (da chegada do avião ou da vossa partida)!
  • Arranjar alojamento ao pé das ruas onde o transfer chega e parte
  • Mal comprem os bilhetes, façam IMEDIATAMENTE o check in online e imprimam logo os bilhetes
  • Façam uma cópia para o vosso e-mail e/ou para a One Drive/Cloud dos vossos bilhetes todos, indicações das estadias, e documentos de identificação!
  • Se possível, escolham um alojamento que seja ao pé de locais facilmente reconhecíveis, ao pé de grandes estações ou ao pé do rio, para o caso de se perderem, perguntarem por esses locais e a partir dai se localizarem, pois perguntar pelo alojamento em específico, acreditem, ninguém vai saber onde é! Já as estações ou o rio toda a gente sabe.
  • Levem rebuçados ou caramelos para meterem na boca aquando o deslocamento do avião, dizem que ajuda a evitar que fiquemos com os ouvidos entupidos ou que comecem a "apitar", devido à pressão atmosférica
  • ANTES de passarem na no controlo de segurança, bebam ou despejem a garrafa de água. A garrafa vazia passa pela segurança, e depois basta voltarem a encher dentro do aeroporto.
Mais dicas em breve, numa publicação exclusiva e ilustrada que vou fazer só para isso...

Publicações sobre esta viagem:

Próximo post, a chegada a Roma!!!

O que acham desta minha estreia? Já andaram de avião? Já foram ao aeroporto de Lisboa? Orientam-se nos transportes?

Comentários

  1. Nunca visitei a estação, sempre fui para a do oriente!!

    Novo post: http://abpmartinsdreamwithme.blogspot.com/2018/09/tudo-sobre-o-meu-balayage.html

    Beijinhos ♥

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    1. É um local bonito para visitar e ver enormes navios e cruzeiros :)

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  2. Gostei muito de ler o post. Sem dúvida, muitas e boas dicas para quem decide aventurar-se nas viagens. Sempre que se faz algo pela primeira vez, é normal haver algum nervosismo. Depois, já é mais fácil.

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    1. O meu maior nervosismo foi mesmo o medo de perder o avião, junto com o medo de o apanhar e não aguentar a viagem, medos muito paradoxos, intensos e complexos, que felizmente eu ultrapassei, conquistei me superei! ;)

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  3. Ola!! Que grande aventura!! Deu vontade de fazer assim uma viagem!! Obrigada pelas dicas😉

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    1. Ah, mas esta aventura ainda vai muito no início, e as dicas também, ainda ai vêm muito mais, vou partilhar TUDO o que aprendi! ;)

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  4. Ahhh,que máximo, tudo explícito.
    Que grande aventura, és uma mulher de armas, eu jamais o faria sozinha, que confusão, falta de ar, até eu cerrei os dentes em certas partes que retratas...
    Vou seguir a aventura com todo o gosto, és imparável e nunca o deixes de ser!
    Beijinho enorme.

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    1. Houve alturas em que amaldiçoei a minha "loucura" e todas as situações complicadas com que me deparei, mas felizmente no final, tudo valeu a pena e foi a aventura de uma vida, e uma aventura dos diabos! :D
      Não precisas de ir sozinha se algum dia surgir esta oportunidade, sabes que podes sempre contar comigo ;)

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    2. Velho ditado "a esperança nunca morre", espero que um dia a oportunidade surja, sozinha nem pensar,mas sei que contigo seria TOP ;)
      Obrigado <3

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    3. Assim é que é falar, "valeu a pena", minha linda isto é só o começo vais ter muitas aventuras destas e bem melhores,com tempo para que possas desfrutar de tudo o que viste sempre a correr. O mundo espera por ti, nunca deixes de acreditar ;)
      Não tenho nada para te oferecer infelizmente, mas se depender do que torço por ti, podes crer que vais realizar todas as aventuras que mais desejares pois esse é o meu desejo para ti. ÈS ENORME!

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    4. Não tens nada para me oferecer? A tua amizade já é tudo o que eu preciso querida Tina!! ;)

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  5. Estes teus posts estão excelentes, parece que te estamos a acompanhar passo a passo. E as dicas são excelentes; para mim foram especialmente úteis as dos transfers e dos voos prioritários. Obrigada por estas dicas!
    Eu gosto muito de andar de avião, tento sempre ir à janela e passo a viagem (até agora só fiz viagens curtas) a olhar para o céu. Que saudades!

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    Respostas
    1. Que bom!! :D Fico tão feliz que aches isso, é mesmo esse o objectivo, como se me estivessem a acompanhar passo a passo, a viver tudo comigo e também a aprender tudo o que eu aprendi, para servir de ajuda quando for as vossas viagens, não irem tão "perdidos" como eu fui =P

      Eu agora também adoro andar de avião e mal posso esperar pela próxima aventura, se bem que agora a aventura é escrever sobre estas aventuras, que ainda não vou nem a 10% de tudo o que me falta escrever sobre esta saga de viagens de apenas 6 dias, 4 países, mas que vai dar TANTOS posts aqui no blog!!! xD

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  6. Respostas
    1. Fico muito contente!! :D
      Tinha receio que achassem conteúdo a mais... ;)

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